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Gergelim é rico em proteínas e gorduras boas; aprenda a usar

Luciana Mastrorosa

04/10/2018 04h00

Crédito: iStock

Um dos ingredientes mais baratos e interessantes de se consumir é o gergelim. Puro, in natura, ou na forma de óleo, essa pequena semente é riquíssima em proteínas, o que faz dela um excelente alimento para quem segue dietas vegetarianas ou mesmo para os que desejam diminuir o consumo de proteína animal. Além disso, o óleo de gergelim tem sabor muito agradável e apresenta maior estabilidade oxidativa quando o comparamos a outros óleos vegetais. Isso acontece pela sua composição de ácidos graxos (como o oleico e o linoleico) e também pela presença de antioxidantes naturais, como a sesamina, a sesamolina, o sesamol e o gama tocoferol.

As sementes de gergelim são bem pequenas e achatadas, com cor que varia do branco até o preto. É rica em vitaminas e minerais, como as do complexo B, cálcio, ferro, fósforo, potássio, magnésio, zinco e selênio.

Em termos culinários, o gergelim é bastante versátil, seja na forma in natura ou como óleo. É muito usado na cozinha árabe e japonesa e vem sendo cada vez mais empregado pela indústria no preparo de biscoitos, bolos e outras guloseimas. Também pode ser utilizado para fazer leites vegetais, como já mostrei por aqui. A diferença é que as suas sementes precisam ficar menos tempo de molho (cerca de 4 horas são suficientes), pois mais do que isso pode gerar um sabor amargo demais.

Seu sabor combina tanto com preparos doces como salgados. Gosto de usar o gergelim em tudo, de saladas a sobremesas. Um dos seus derivados mais saborosos é o tahine, a pasta pura de gergelim usada principalmente na culinária árabe e absorvida com sucesso pelos vegetarianos e veganos. Essa é uma das formas mais interessantes de consumo, pois conjuga os benefícios do óleo ao alto teor de proteínas. Experimente tostar uma fatia de bom pão e espalhar sobre ela um pouco de tahine e mel. É um café da manhã delicioso, muito prático e nutritivo. O tahine tem uma duração longa, se mantido em local bem vedado, escuro e seco.

Usos do óleo e das sementes

Existem dois tipos de óleo de gergelim disponíveis no mercado: o cru, transparente e de sabor bem delicado, que pode até ser usado em frituras, e o torrado, de cor escura e sabor mais intenso. Este último é mais indicado para finalizar os pratos, principalmente quando se quer dar um toque oriental às receitas.

As sementes in natura ficam ainda mais gostosas depois de ligeiramente tostadas em fogo muito baixo, apenas pelo tempo em que elas começarem a soltar seu aroma. Depois de tostadas, podem ser adicionadas a saladas, farofas, acrescentadas à massa ou cobertura de pães doces e salgados, usadas em bolos e sobremesas ou formando uma crosta deliciosa sobre peixes e carnes. Um atum selado rapidamente em frigideira quente, depois coberto com um mix de gergelim branco e preto é uma refeição rápida, muito saborosa e nutritiva. Para os vegetarianos, a dica é acrescentar as sementes de gergelim também em cozidos de vegetais ou feijões e grãos, dá um sabor extra e agrega bastante proteína.

E você, costuma consumir gergelim? Qual é a sua forma preferida? Conte para mim! Estou no Facebook e também no Instagram.

Sobre a Autora

Luciana Mastrorosa é apaixonada por escrever, cozinhar e comer. Jornalista especializada em gastronomia e pesquisadora da área de alimentação, passou pelos principais veículos do país. Formada no Le Cordon Bleu Paris e Université de Reims Champagne-Ardenne, atualmente cursa o Mestrado em Nutrição Humana Aplicada, na Universidade de São Paulo. É autora do livro Pingado e Pão na Chapa - Histórias e Receitas de Café da Manhã (editora Memória Visual) e do e-book "Natal Feliz - 30 Receitas Incríveis para a Sua Ceia".

Sobre o Blog

Menu do Dia é o blog de culinária, receitas, gastronomia e nutrição, da jornalista e pesquisadora Luciana Mastrorosa. Aqui, você vai encontrar notícias, reflexões, receitas, degustações e muito mais sobre uma das melhores coisas da vida: comer.