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Panelas de aço inox são bom investimento para iniciantes na cozinha; veja 5 utensílios indispensáveis

Luciana Mastrorosa

26/05/2017 13h44

Você é fã do Masterchef, não perde um reality show de gastronomia, tem pilhas de livros de cozinha… E agora está pronto para dar o grande passo: começar a cozinhar também. Não importa o tamanho da sua casa, o fundamental é ter bons utensílios para ajudá-lo nessa tarefa. E nem é necessário gastar milhões para montar uma cozinha de novela, nada disso. Com esses cinco itens indispensáveis, dá para começar a experimentar novos sabores todos os dias, sem estourar (muito) o orçamento.

 

Faca afiada sim!
Muita gente tem medo de faca ou acha que um modelo de serra, daqueles de cortar pão, dá conta de preparar tudo. A verdade é que a faca deveria ser o primeiro utensílio de um cozinheiro, aquele para o qual a gente destina uns dinheirinhos a mais. Isso porque faca inadequada para a função aumenta o risco de acidentes e, se estiver cega, mais ainda. Na hora da compra, esqueça por enquanto aqueles conjuntos incríveis, com facas de todos os tamanhos. Comece com dois modelos: uma faca de chef (oito ou dez polegadas está de bom tamanho), com lâmina de aço inox e cabo pesado, para usar em tudo. E uma pequena de legumes, de boa qualidade. Se estiver com vontade de esbanjar, invista numa faca de desossar, útil também para fazer filés e tirar pele de peixe. Ah, importante: compre uma pedra de amolar, dessas simples, que vende até na feira, e uma chaira de boa qualidade. Manter o corte da faca é fundamental para facilitar o trabalho na cozinha e evitar acidentes.

 

 

Placas de corte de todos os tamanhos
Antigamente, era comum o uso de placas de madeira para cortar carnes, vegetais, etc. Hoje em dia, por questões de higiene, recomenda-se o uso de placas de corte feitas de outros materiais, mais fáceis de limpar, como as de polipropileno ou de bambu. O ideal é ter, no mínimo, uma bem grande para uso geral e outra específica para cortar carnes, peixes e aves. Isso é importante para ficar longe da contaminação cruzada, ou seja, para evitar que os micro-organismos da carne crua passem para outros alimentos. É claro que a higienização é imprescindível entre um uso e outro, mas esse pequeno cuidado ajuda a manter a higiene em dia na sua cozinha. As de bambu são lindas e muito úteis, mas prefiro deixá-las para ingredientes mais secos, como castanhas, queijos duros, pães, etc.

Invista num bom ralador
Parece bobagem, mas encontrar um bom ralador é uma arte e ajuda muito na cozinha do dia a dia. Os mais simples logo perdem o corte, amassam facilmente ou não têm boa empunhadura, fazendo com que aumente a chance de ter uma unha lascada (ou coisa pior) no meio do processo de ralar um simples parmesão. Aqueles grandões, de quatro faces, são úteis para começar, mas escolha um modelo de inox que seja fácil de manipular e de lavar. Esses raladores multiuso costumam ter diversos tipos de lâminas, permitindo ralar queijos, legumes, frutas e até especiarias. Outra opção interessante é comprar modelos de melhor qualidade, porém de face única. Se tiver de optar apenas por um, prefira o que serve para ralar queijo e legumes, que é bem versátil. Quando puder, invista também num menor, próprio para casca de frutas cítricas e especiarias, como canela e noz-moscada. É incrível e nunca mais você vai comprar noz-moscada moída com gosto de nada.

Apimente sua vida com o moedor certo
Outro utensílio subestimado, mas extremamente útil na cozinha (para iniciantes ou não): moedor de pimenta. Aqui, vale procurar os modelos de madeira com boas lâminas, que duram realmente muito tempo. Não economize, pois existem lâminas de péssima qualidade que não moem nada direito. A vantagem de ter um bom moinho é que você sabe exatamente o que está colocando no prato. A pimenta-do-reino, preta ou branca, moída na hora, tem outro sabor, e dá para controlar quão grosso você quer deixar os pedacinhos. Importante lembrar que, para moer sal, existem moinhos próprios. Não pode ter engrenagem de metal, senão oxida. É mais difícil encontrar um realmente de qualidade, e não custa barato. Se tiver de escolher, compre primeiro o de pimenta, muito mais versátil (pode ser usado para todo tipo de pimenta em grão e também especiarias, como coentro e cominho). Dica importante: mantenha o moinho em local seco e moa direto na mão ou num potinho antes de adicionar à panela. Se fizer isso direto sobre o vapor, pode danificar o moinho por causa da exposição contínua à umidade.

Compre as melhores panelas que puder
Por fim, claro, as panelas. Tem de todo tipo: alumínio, inox, barro, ferro… A gente sabe que a tentação de comprar uma daquelas panelas de ferro esmaltado, coloridas e lindíssimas, é muita. Acontece que são muito, muito caras, e, para quem está começando, o melhor é apostar num conjunto de panelas básicas, do melhor tipo que seu dinheiro puder pagar. As de aço inox costumam ser um bom investimento, pois duram muito e não interferem nos alimentos (as de alumínio podem reagir com alimentos ácidos). O que o conjunto precisa ter: uma caçarola grande, um caldeirão, uma caçarola pequena e uma frigideira funda, de preferência com tampa. Com isso, já dá para fazer muita coisa. Ao longo do tempo, você vai investindo em outros modelos e materiais. Não precisa perder de vista aquela panela de ferro, pois elas são excelentes para várias receitas– dá até para assar pães dentro dela! Mas isso é assunto para um próximo post.

Onde comprar?
Toda cidade tem seus polos comerciais com lojas especializadas em cozinha. Em São Paulo, a meca dos cozinheiros é a rua Paula Sousa, no centro da cidade. Ali é o lugar certo para montar a cozinha com todas aquelas miudezas necessárias no dia a dia, como espátulas e colheres de bambu, copos medidores, pegadores, peneiras, etc. Precisa garimpar, mas as inúmeras lojas oferecem utensílios dos mais básicos até os mais sofisticados, para cozinhas domésticas e profissionais. Para os utensílios que precisam de um investimento maior, como os que eu citei aqui, é uma boa pechinchar e pedir um desconto – geralmente é possível obtê-lo com pagamento à vista. Vale a pena tentar!

Sobre a Autora

Luciana Mastrorosa é apaixonada por escrever, cozinhar e comer. Jornalista especializada em gastronomia e pesquisadora da área de alimentação, passou pelos principais veículos do país. Formada no Le Cordon Bleu Paris e Université de Reims Champagne-Ardenne, atualmente cursa o Mestrado em Nutrição Humana Aplicada, na Universidade de São Paulo. É autora do livro Pingado e Pão na Chapa - Histórias e Receitas de Café da Manhã (editora Memória Visual) e do e-book "Natal Feliz - 30 Receitas Incríveis para a Sua Ceia".

Sobre o Blog

Menu do Dia é o blog de culinária, receitas, gastronomia e nutrição, da jornalista e pesquisadora Luciana Mastrorosa. Aqui, você vai encontrar notícias, reflexões, receitas, degustações e muito mais sobre uma das melhores coisas da vida: comer.