Dê uma chance ao chuchu: rico em água e pouco calórico, ajuda na dieta
O chuchu é um daqueles ingredientes baratos e abundantes por aqui, mas que muita gente não dá valor. Alguns o consideram sem gosto, outros sequer experimentaram, na linha do "não provei e não gostei". Fato é que esse legume, de casca fina que pode ter algumas protuberâncias parecidas com espinhos, é riquíssimo em água e muito pobre em calorias: tem menos de 20 calorias em 100 gramas do alimento, seja cru ou cozido.
Porém, justamente essa riqueza de água é uma de suas vantagens. Ao ser consumido como salada ou em pratos quentes, o chuchu contribui para diminuir o inchaço e aumentar a sensação de saciedade – além da abundância hídrica, também apresenta um bom teor de fibras.
Fornece também vitamina C, mesmo depois de cozido, que atua como antioxidante, prevenindo o envelhecimento precoce, reforçando o sistema imunológico e ajudando a combater doenças crônicas, como a hipertensão, o diabetes e até o câncer. Em termos de minerais, o chuchu oferece ainda potássio, que regula a pressão, cálcio e fósforo, que preservam os ossos e dentes, e zinco, que atua no sistema imunológico e ajuda a preservar a saúde da pele, com ação cicatrizante e formação de novas células, com efeito anti-inflamatório.
Formas de preparar o chuchu
De setembro a outubro, esse legume está na época, quando fica ainda mais fresquinho e com melhor preço. Mas é uma hortaliça muito fácil de plantar, vai bem até em vasos grandes ou num pedacinho de terra, caso possua quintal. Seus caules vão subindo e trepando em muros e outros suportes. Se tiver um chuchuzeiro em casa, use também os brotos refogados, ficam crocantes e deliciosos. As folhas novas e tenras do legume também podem ser consumidas como qualquer verdura. Ficam saborosas quando salteadas em fogo alto com azeite, sal e alho picadinho. Como é muito fibrosa, o ideal é remover a casca antes de preparar o chuchu, além da parte dura que fica no centro do legume. Depois, pode usá-lo picado, fatiado, inteiro, ralado ou em cubinhos nas mais variadas receitas.
Um prato muito antigo e clássico no Brasil é o camarão com chuchu, que consiste basicamente em refogar esses dois ingredientes, rapidamente, com temperos variados, cebola, alho e azeite, até obter um ensopadinho. Vai bem com arroz e feijão, purês, farofas, etc.
Seu sabor neutro e delicado é realçado com o uso de ervas frescas e secas e mesmo uma salada com o chuchu cozido rapidamente no vapor e resfriado fica deliciosa com um tempero simples de vinagre de boa qualidade (ou gotas de suco de limão), azeite de oliva, sal e pimenta-do-reino ou calabresa a gosto.
O chuchu tem uma textura que se mantém firme depois do cozimento, mas não é necessário cozê-lo até amolecer. Isso prejudica o sabor, deixa o legume mole demais e ainda elimina algumas vitaminas, como a C. Prefira cozinhar o chuchu no vapor ou por poucos minutos em um mínimo de água. Essa água pode ser usada em outros pratos, como no cozimento do arroz.
Você pode também cortar o chuchu descascado ao meio, remover a parte dura e aferventá-lo rapidamente com uma pitada de sal. Depois, retire um pouco da polpa, formando uma cavidade, e recheie com a polpa do chuchu picada misturada com carne moída previamente refogada com alho, óleo, cebola, especiarias, ervas frescas e secas, ovos cozidos e azeitonas verdes picadas. Se gostar, polvilhe com queijo parmesão, mais um fio de azeite, e leve ao forno por alguns minutos, apenas para gratinar.
O chuchu combina particularmente bem com ovos e cremes, podendo ser usado como base para o preparo de suflês e gratinados de molho branco.
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