Alecrim perfuma carnes, é antimicrobiano e ajuda a aliviar a tosse
O alecrim é uma das ervas mais usadas pela humanidade. De origem mediterrânea, essa erva de folhas pequenas e pontiagudas tem um aroma marcante e sabor ligeiramente mentolado, um pouco amargo, se usado em excesso.
É muito empregado na culinária, principalmente para temperar carnes de sabor forte, como a bovina e a de cordeiro. Na medicina popular, vem sendo usado há séculos para o alívio de determinados sintomas, como tosse (em especial, junto com guaco e poejo, na forma de infusão) e para tratar pequenos machucados e picadas de insetos. Por seu aroma agradável e purificante, antigamente costumava-se queimar alecrim nas igrejas, quando não havia incenso.
Diversos estudos vêm comprovando os benefícios do alecrim e alguns apontam que, de fato, essa erva pode ajudar a aliviar dores de cabeça e combater doenças circulatórias, além de atuar como estimulante, analgésico leve, no alívio de perturbações respiratórias e até como estimulante para o crescimento de cabelos.
Seu potencial terapêutico vem sendo explorado no tratamento ou prevenção da asma brônquica, além de úlcera, doenças inflamatórias e hepatotoxicidade. De toda forma, como sempre comento por aqui, é importante consultar um profissional de saúde antes de fazer uso de qualquer alimento para fins de saúde.
O alecrim pode fazer parte da alimentação cotidiana e é um aliado no preparo e na conservação de certos pratos, principalmente embutidos e carnes, pois tem um grande poder antioxidante e também atua como antimicrobiano e bactericida.
Em geral, essa erva tem seu sabor e aroma mais acentuados quando está fresca. Ela é facilmente cultivada em pequenos vasos e não exige muita água para viver. Se comprar os ramos frescos, pode deixá-los em copos ou vasinhos com água para que durem mais tempo. Pode ser encontrada na versão seca, quando ainda tem sabor e aroma, mas mais discretos.
Como usar o alecrim na cozinha
O alecrim é perfeito para o preparo de carnes de sabor forte, como a bovina e a de cordeiro, como falei acima, principalmente junto com alho e vinho. Mas bastam poucos raminhos para aromatizar preparos como batatas cozidas, assadas ou fritas, sopas e ensopados, pratos à base de feijões (principalmente o feijão branco, que combina perfeitamente com o sabor dessa erva), além de peixes e frango. Quando asso legumes regados com azeite, costumo colocar alguns ramos de alecrim junto, adicionando ainda dentes inteiros de alho, com casca e tudo. Se preparar um simples pão tostado no forno, regue as fatias com azeite de oliva, uma pitada de sal grosso, esfregue com um dente de alho (pouco, senão fica forte demais) e adicione alguns raminhos de alecrim. Fica muito perfumado e é um acompanhamento simples e prático para o dia a dia.
E, se fizer pão caseiro ou mesmo bolos simples, junte algumas folhinhas de alecrim picadas. Deixa um sabor agradável e um perfume muito gostoso.
A erva pode ser usada também para fazer infusão, combinada com outras como mate, camomila, hortelã, guaco, poejo, ou mesmo chás como o chá verde, o preto e o branco. Não precisa exagerar na quantidade, um raminho é suficiente para uma xícara de chá. Fica ótimo também com casca de maçã e rodelas de laranja ou limão, adoçado com mel ou melado de cana.
Na parte das sobremesas, o alecrim empresta seu aroma a caldas de açúcar e preparos cremosos, como a pannacotta (feita de creme de leite fresco e gelatina) ou mesmo pudins feitos de leite ou bebidas vegetais. Nesses caso, usa-se a erva infusionada no ingrediente principal, seja a água com açúcar que dará origem à calda, seja o creme de leite ou leite para o pudim. Só não esqueça de remover o galho de alecrim ao final do preparo.