Erva básica do dia a dia, orégano é antimicrobiano e rico em antioxidantes
O orégano é uma das especiarias mais usadas no Brasil, em geral na forma seca, quando se apresenta bem aromática. Par perfeito de itens como tomate e queijos, principalmente a muçarela , é um tempero que costuma agradar aos mais variados paladares, até mesmo ao das crianças. É barato, fácil de encontrar o ano todo e, se bem conservado ao abrigo da umidade e da luz, dura muito tempo na despensa.
Além de trazer sabor e aroma aos preparos, o orégano também vem sendo explorado por outras propriedades: é rico em antioxidantes e também mostra ter capacidade antimicrobiana, atuando sobre bactérias, fungos e outros micro-organismos potencialmente nocivos à saúde humana. Em forma de óleo essencial ou de extratos, o orégano tem sido empregado para preservar os alimentos por mais tempo na indústria, como no caso de embutidos, como linguiças, e também para evitar que esses micro-organismos nocivos se desenvolvam. Estudos mostram que ele tem se mostrado eficaz até no combate à salmonela.
Várias pesquisas têm identificado uma variedade de antioxidantes naturais presentes nas mais de 38 espécies de orégano espalhadas pelo mundo. Dentre eles, observam-se vários compostos fenólicos, como glucosídeos, ácidos fenólicos e derivados terpenos.
Além disso, os principais componentes antimicrobianos presentes no orégano – em particular no óleo essencial extraído dessa erva, com uso majoritário na indústria alimentícia – são o carvacrol e o timol. Esses dois compostos têm mostrado efeitos comprovados no controle in vitro da multiplicação de salmonela, como mencionei acima.
Orégano na cozinha
No dia a dia, o orégano costuma ser usado nas receitas nas versões seca ou fresca. É uma erva que dá para cultivar em vasos e jardins, sem grandes dificuldades. Os pares perfeitos e tradicionais para essa erva são o tomate e derivados e, também, os queijos. Basta uma pitada de orégano seco para realçar o sabor de cubos de mozzarella, azeitonas temperadas com azeite, tomatinhos-cereja, picles e conservas artesanais e outros acepipes. Pouco calórico, o orégano também é muito eficiente para as pessoas que precisam manter dietas hipossódicas, ou seja, com redução de sal. Seu aroma e sabor acabam compensando a diminuição do sal de cozinha nos preparos. Uma boa alternativa é processar um pouco de sal com ervas secas, pimenta calabresa e pimenta-do-reino e usar essa mistura em substituição ao sal.
Fica particularmente bom também nos pratos da culinária italiana, como molhos de tomate e pizzas, e também em outros pratos da cozinha mundial, como o ratatouille francês – combinado a berinjela, abobrinha, tomate, pimentão e manjericão. Gosto de usar o orégano também para temperar carnes, aves e pescados. Fica bom no bife grelhado, no frango assado e nos filés de peixe bem simples, preparados ao forno com cebolas e alcaparras, mais um fio de azeite ou uma pontinha de manteiga.
Se for preparar linguiças caseiras, aposte no orégano seco para trazer mais sabor e ajudar a preservar o preparo por mais tempo. É claro que é preciso sempre ter cuidado ao lidar com carnes moídas, pois elas estragam mais rápido. Mas o uso de sal, orégano, pimenta-do-reino, manjerona, manjericão, alecrim e outros temperos secos ajudam nessa preservação.
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